Dia 8 o maridão faz mais um aniversário e dia 9 faz 15 anos que estamos a viver juntos. Terá de ser duplamente comemorado.
O ano passado fomos passar um fim-de-semana a Sintra, aproveitando um voucher que tinha sido oferecido.
Normalmente é o maridão que costuma passar mais tempo nas pesquisas, mas desta vez aqui a menina tem-se esforçado para lhe “passar a perna". Quero fazer-lhe uma surpresa e marcar tudo sem ele saber.
Aceito ideias.
Ao fim de semana e quando o meu horário permite aproveitamos para dar um passeio e por norma almoçamos fora. No sábado o maridão diz-me "aceito propostas para amanhã". Normalmente os melhores passeios vem de ideias dele e ontem tive a prova que assim deveria continuar a ser.
Tanto eu como ele gostamos de feiras e mercados. Gosto do ambiente, das multidões e das pechinchas que por vezes se encontram. Comentámos que à muito tempo não íamos à feira de Santana em Rio Maior. Uma feira enorme onde já apanhamos boas pechinchas. Desta conversa nasceu a ideia de procurar outras feiras. Ora nada mais fácil do que ir à Internet e procurar no Google. Não disse nada e no dia seguinte lá fui eu fazer uma pesquisa. Não poderia ser muito longe, pois ainda iria trabalhar da parte da tarde. Para chegar a Rio Maior tínhamos de fazer cerca de 70 quilómetros e a minha ideia era procurar uma que ficasse sensivelmente à mesma distância. Na minha pesquisa sobre feiras e mercados apareceu uma em Torres Novas. Estava encontrado o destino e assim conhecer uma nova feira.
No caminho paramos para tomar o pequeno-almoço (para mim era o segundo do dia). Deliciei-me com algo do género
Imagem retirada daqui https://www.google.pt/search?q=semifrios&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=GFgbUp-gKu2O7QafxYHABQ&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1366&bih=673
Soube-me melhor pagar 2 euros pelo bolo do que quanto tive de pagar 2.95 Euros pela portagem. Não ficou por aqui já que terei de me deslocar aos CTT para pagar a passagem pela scut. Vou ter de desembolsar 1.05 euros mais as taxas administrativas. Quando digo ao maridão "Com o dinheiro de vir pela autoestrada comia mais dois bolinhos e ainda sobrava dinheiro". Por segundos fiquei pensativa com a sua resposta "Pois mas não te davam matéria para escrever no blog". Referia-se a isto http://momentosdisparatados.blogs.sapo.pt/7169.html
Chegamos à cidade e como não sabia onde era a tal feira tive de perguntar e a resposta não me agradou "Feira? Ah, refere-se à feira das velharias?"
Oh, Ceus, não era possível fazermos tantos quilómetros para ir a uma feira de velharias!
Pois, infelizmente assim foi e se para alguns casais este engano daria discussão, a nós fez-nos rir.
Ficou decidido que para a próxima o maridão não me ia pedir ideias.
De regresso paramos na vila da Batalha e vinguei-me num bacalhau delicioso comido na "Tasca Retiro Gourmet" https://pt-pt.facebook.com/Retiro.TascoGourmet?filter=1 .
Acredito que algumas pessoas que aqui costumam passar que me vejam como uma pessoa sensível, que gosta do bem-estar dos outros (do meu também) e que muitas das vezes não tem coragem de dizer a verdade para não magoar. Sim, eu sou assim.
Ontem aconteceu algo que me fez pensar se deveria dizer a verdade.
Fui convidada para ir almoçar a casa dos meus velhotes. Devo dizer que estão muito perto dos 80 anos, mas bem conservados. Bem, o convite foi feito à minha filhota e eu fiz-me convidada, coisa que ele adoraram. Com os meus horários de trabalho nem sempre é fácil passar por casa deles. Felizmente o velhote ainda conduz e aparecem cá em casa com frequência.
Continuado a história do almoço, o menu era sardinhas, coisa que tanto a filhota como eu adoramos. Quando chegamos estava tudo prontinho para começar a assar e como boa filha ajudei nessa tarefa. As sardinhas eram gordinhas e com aspeto maravilhoso que me faziam salivar enquanto as assava. A minha mãe tinha-me dito que a senhora da peixaria lhe tinha ensinado um truque para retirar as escamas e que tinha experimentado. Deixou-as em água de um dia para o outro e as camas saíram com facilidade. Fiquei de pé atrás e pensativa se o sabor das sardinhas não alterava com tanto banho. Disse-lhe que quando as comprava chegava a casa, colocava-lhe sal e iam a assar.
Já na mesa e já a salivar coloco a primeira garfada na boca e desiludo-me. Não tinham sal…nenhum. Fiquei sem saber se a falta daquele gosto maravilhoso se devia à falta de sal ou se o tal banho tinha ajudado aquele resultado desastroso.
Perguntei-lhe" colocaste sal nas sardinhas?"
"Coloquei, mas porquê não está bom?"
Não sabia se deveria dizer a verdade ou se omitia que estavam horríveis. Optei por dizer "Não estão más, mas precisava um bocadinho mais de sal".
Tenho a certeza que não levaram uma pitada de sal (como não observei esse pormenor quando as estava assar?). Não sei se por esquecimento ou se por opção. Devo dizer que a minha mãe nunca foi uma cozinheira maravilhosa, embora haja pratos de que tenho saudades.
Acabei por comer apenas duas e com muito esforço. A desculpa foi " fiz noite e como ainda não dormi, não tenho muita fome".
Já no carro, a filhota e eu falamos do desastre culinários. Na opinião dela eu devia-lhe ter dito que estavam horríveis e que não lhe tinha posto sal. Expliquei-lhe o porquê de não o ter feito. Como poderia estragar-lhe a alegria de ter a filha e a neta a almoçar com eles? Tanto mais que a verdade não ia tornar as sardinhas mais saborosas. Valeria a pena deixa-la triste?
Ela dizia-me "para a próxima vai acontecer o mesmo, tudo porque não tiveste a coragem de lhe dizer".
Para a próxima já tenho alternativa, vou mais cedo e sou eu que as tempero.
Quando maridão chegou a casa e me pergunta se as sardinhas estavam boas eu respondo-lhe "ai, tu nem me fales em sardinhas nos próximos meses".
Depois de lhe contar deu-me a mesma opinião que deu a filhota.
Será que afinal estou errada?
Aguardo opiniões.
Já há umas semanas que andava a tentar escrever a continuação das férias na Tunísia, mas aparecia sempre outro tema para escrever. Quer dizer, tema foi quase sempre o mesmo "médicos e afins". Acredito que estejam fartos, fartinhos de me ler e certamente se não começar a escrever sobre outras coisas corro o risco de perder os fiéis leitores.
Os primeiros dois dias na Tunísia foram passados entre a praia e a piscina. Ao terceiro dia decidimos que iriamos ao mercado na Nabeul. Já tínhamos decidido fazer esta visita ainda em Portugal, mas quando o nosso guia, na reunião que fez connosco para dar a conhecer os locais a visitar, as excursões que podíamos fazer e o que devíamos evitar, nos mostrou as fotos do tal mercado tivemos mesmo a certeza que iriamos. Não somos muito de ir em grupo para conhecer os locais, gostamos de o fazer sozinhos, ao nosso ritmo e da forma como queremos. Embora saibamos que há locais maravilhosos que só os guias conhecem.
Havia varias formas de chegar a Nabeul, mas decidimos pelo táxi. Combinamos o preço (17 euros) e a forma como o faríamos. Daríamos uma parte no início da viagem e quando nos fosse buscar pagaríamos o restante. Confesso que com o meu pessimismo achei que não iria aparecer.
O mercado é enorme. Com muita cor, cheiros e algumas ruazinhas típicas. Daquelas com arcos, que costumamos ver nos filmes. Inicialmente achei que iria ser saturante "aturar" os vendedores, mas embora por vezes insistissem não era como na zona onde ficava situado o hotel. Queria comprar algumas lembranças, coisa nada fácil de decidir. Milhares de malas, toneladas de especiarias, quilos de bijuterias e carradas de roupas faziam as minhas delícias. Não que eu seja fã das especiarias e ainda menos fiquei, pois ainda me custa pensar nas sardinhas com aquele sabor, mas as cores...linderrímas! A história das sardinhas contarei noutra altura.
Numa determinada altura um dos vendedores chega ao pé de mim e abre o casaco (não, não estava em trajos menores) e vejo um camaleão. Na altura achei que seria um boneco, mas quando o vejo a revirar aqueles olhos enormes ponho-me aos saltos. Figurinha triste a minha, mas o medo daquelas bichezas deixa-me fora de mim. Confesso que fiquei um pouco desiludida por não ver nenhum encantador de serpente. Claro que não me iria aproximar, mas pairava no meu imaginário que encontraria algum.
Depois de ver tantas malas decidi-me por um modelo que apenas só vi numa das lojas. Voltamos a trás para a ir buscar. Seria a prenda da filhota, que tem "tara" por malas. O preço era bem em conta e o maridão optou por trazer uma carteira e um cinto para ele. Na hora de pagar pedem-nos o dobro. Fizemos logo cara feia e o moço acabou por verificar que tinha colocado o dobro do preço na mala. Enganos todos temos, certo?
11.45H, estava na hora de voltar ao ponto de encontro com o Ali Babá (era este o nome como o nosso taxista se deu a conhecer). O Ponto de encontro era na rotunda das laranjas e mais podia ser a rotunda da doideira. Para se conduzir ali é preciso ter sangue frio e ser-se bastante desenrascado. A quantidade de carros é tanta que ninguém respeita ninguém. Nos minutos que ali estivemos passou-me pela cabeça que as regras de trânsito sejam bem diferentes das nossas. Apitadelas, raletes, braços no ar e muita confusão fizeram parte daqueles minutos. No meu daquela confusão vejo um carro a abrir a porta e a dizer "Ali Babá, Ali Babá". Ali estava ele!
Chegamos são e salvos ao hotel.
Recuso-me a ficar irritada e estragar o meu horroroso magnifico dia apenas por a médica ter dito na ultima consulta da filhota "este é o ultimo exame que falta fazer para fechar o processo e concluir que é apenas uma tiroidite" e agora diz-me que afinal faltava passar outro. Ora o novo exame é uma cintigrafia óssea ao corpo todo. Eu e a filhota a pensarmos que esta saga dos exames tinha acabado.
Quando foi fazer a cintigrafia à tiróide, optei por pagar 52 euros em vez dos 7.5 euros e assim não tivemos de faltar ao trabalho, nem pagar portagens, nem gasolina e nem tivemos de fazer 160 quilómetros. Parece-me que agora não tenho muita alternativa para evitar fazer os 160 quilómetros, uma vez que este exame custa apenas 95 Euros.
Vou-me irritar com isto?
Nem pensar!
Também poderia ficar irritada, com esta conversa:
-Dr.ª marquei uma consulta num ginecologista particular e gostaria de saber se a Drª passa as credenciais no caso de ele mandar fazer algum exame.
- Pode ir ao médico particular se quiser, mas eu não passo nenhuma credencial. Não estou para roubar o Estado. Tem planeamento familiar que pode usufruir sem pagar.
Esqueceu-se de dizer que demora 3 meses para se conseguir uma consulta (na melhor das hipóteses) e que os médicos que as fazem não são ginecologistas, mas apenas médicos de clinica geral.
Vou-me irritar com isto?
Nem pensar!
Mas se entretanto não começo a ter uma vida para além dos médicos, exames médicos e afins, sou bem capaz de ficar irritada!
Depois de uma noite de trabalho e 3 horitas de sono combinamos ir almoçar fora.
O maridão pediu ideias sobre onde e o que comer. Não tinha nenhum prato em mente e quando falou em Leitão ou marisco gostei da ideia, pois são coisas que adoro.
A escolha do leitão levava-nos a terras do interior e o marisco levava-nos até à costa.
A escolha recaiu para o interior.
Já na estrada em vez de virar para a direita vira à esquerda o que nos levava na direcção das praias. Rimos com o engano e disse-mos "é o destino! sai uma mariscada".
O local era a praia da Nazaré e o restaurante Búzio. Gosto imenso da Nazaré, mas o estacionamento costuma ser uma dor de cabeça e ontem não foi excepção. Depois de umas voltitas decidimos seguir viagem. Já fora da localidade vimos uma placa de um restaurante e fomos até lá. Alguns quilómetros sempre a subir, mas como uma vista magnífica levou-nos até à praia do Salgado. Chegamos até ao restaurante, mas como não víamos grande movimentação decidimos que ainda não era o local certo.
O facto de vermos um restaurante com muita gente, normalmente é sinal de uma boa escolha (há excepções) e aquele não tinha praticamente ninguém.
Brincámos com a situação e eu dizia " parece-me que ainda vamos ao Pingo Doce buscar umas sandochas".
Voltamos a trás e por distracção (mais uma vez) em vez de virar à esquerda virou à direita. Íamos sem destino certo, portanto não havia stress. A algum lado iria dar.
E deus mesmo!
Então não é que fomos dar um restaurante que dizia "O cantinho dos Leitões"?
Na altura não fazíamos ideia de onde estávamos, apenas sabíamos que não iriamos contrariar o destino.
Depois de tantos enganos e falta de estacionamento só podia estar destinado aquele sitio.
Ah, o almoço estava simplesmente divinal!
http://codigopostal.ciberforma.pt/dir/0/cantinho-dos-leitoes-famalicao-nazare/
Seguiu-se um passeio até S. Martinho do Porto.
Manu http://existeumolhar.blogs.sapo.pt/ quando estava aqui pensei em ti.
Raiozinho graças ao teu post http://raio-de-luar.blogs.sapo.pt/481501.html tive esta ideia
Há uns anos ofereci ao maridão um cavalete para ele pintar umas telas.
Deu-lhe algum uso, mas deixou de o fazer pois não queremos esburacar mais a parede. Não que ele tenha pintado muito, mas nas nossas viagens trazemos sempre um quadro como recordação e felizmente temos feito bastantes.
Depois de ler o teu post bati os olhos neste"mono" e achei solução não só para este"mono" como para colocar as minhas bijutarias. Chamo "mono" porque sempre que faço mudanças (e faço muitas) aquilo anda de um lado para o outro.
Pois, arranjei a solução e até me parece que não ficou nada mal.
Raiozinho Maria, muito obrigado pelo teu post!