Acerca deste assunto http://momentosdisparatados.blogs.sapo.pt/30156.html não podia estar mais contente.
Então não é que aqui a menina foi uma das seleccionadas?
Ah, pois foi e estou a salivar só de pensar que vou saborear aquelas maravilhas!
Depois dos senhores da meteorologia terem dito que ia haver chuva e vento forte achei que o meu único fim de semana ( apenas tenho 1 por mês) estava estragado. Não que me importe de ficar por casa, aliás até adoro, mas gosto de abrir as janelas e ver sol. Nunca pensei abrir a janela do quarto e ver um sol lindo!
Eu e o maridão estávamos sozinhos, portanto nada de preocupação com pequeno-almoço e almoço. Saímos sem destino.
Aproximava-se a hora de almoço e depois de várias ideias decidimos um restaurante que nunca tínhamos ido, mas de boa fama. Infelizmente, para nós, aquilo estava cheio além de ter imensa gente à espera.
Ainda não era aquele dia que o iriamos experimentar. Pegamos no carro e lá fomos nós direitinhos a uma das outras opções. Quer dizer, eramos para ir, mas vimos um grande placar a indicar um outro restaurante e resolvemos parar. O facto de ter imensos carros estacionados levou-nos a pensar que seria bom.
Do sítio onde estávamos víamos imensa gente e achamos que ainda não era nesse que iriamos almoçar. O empregado pediu-nos para esperarmos que iria ver se havia mesa. Entretanto chegou um grupo de 8 pessoas, todos idosos. Naquela altura pensei "os velhotes perseguem-me".
Chama-nos e consoante vamos andando vejo mesas e mesas repletas de idosos. Sim, sim não creio que houvesse gente abaixo dos 60 anos.
Era exactamente como se tivesse acabado de entrar num Lar de 3ª idade. Ok, estou a exagerar um pouquito já que não vi nenhum dependente, mas aquilo era estranho, muito estranho.
Mais estranho achei quando, depois de pedirmos as bebidas nos trazem garrafas de 1,5 L (sumo e coca cola).
Ninguém nos perguntou o que queríamos comer e depois de ver os empregado a servirem apenas um prato fico desconfiada e digo ao Maridão "credo, mas toda as pessoas escolheram bacalhau?"
Parecia um casamento, algumas 200 pessoas a comerem o mesmo.
O maridão chama a empregada e pede a lista.
- Não temos lista...
-Não?
-O prato é único...
-Mas nós não queremos comer bacalhau.
-Poi, mas não há escolha.
-Mas era suposto adivinhar-mos? É que ninguém nos informou.
Vendo a nossa cara de desânimo diz para falarmos com o chefe de sala (suponho).
Explicamos que não era aquilo que queríamos e pedimos para nos fazer a conta, pois íamos embora.
Apesar de termos comido algumas entradas e aberto as garrafas de bebidas o senhor acabou por não nos levar dinheiro nenhum.
Bem, apesar de estarmos com fome foi um "fartote" de rir. Jamais tinha entrado num restaurante onde só tinham um prato!
Acabamos por almoçar num outro (este, nosso conhecido) sem "incidentes.
Cheguei a casa e fui pesquisar sobre o restaurante.
Estava explicado o porquê de tanto idoso.
Aquele restaurante recebia excursões seniores e no final havia bailarico.
Em conversa com uma amiga falamos sobre o estado do país, das dificuldades em fazer face às despesas, nos cortes que o governo nos obriga a fazer e sobre a emigração.
Contava-lhe que em menos de 2 meses 4 amigos meus saíram do nosso país à procura de outras oportunidades.
Para ela a emigração não é novidade pois esteve fora durante vários anos e só regressou a Portugal para se juntar ao marido que não queria continuar afastado dos pais.
Segundo ela, a ideia de voltar a emigrar aparecia cada vez com mais frequência.
Eu confessei-lhe que essa ideia cá em casa também pairava no ar e era falada com frequência. Aliás a procura de emprego tanto para o maridão como para mim era feita em alguns sites, embora não diariamente.
Para a profissão dele apareciam imensas ofertas, mas para a minha nunca tinha aparecido. Normalmente pediam enfermeiras com formação em Geriatria, e isso era coisa que eu não exercia.
Claro que o facto de tanto ele como eu em termos profissionais não estarmos mal, condiciona a procura intensiva. É mais do género "se aparecer algo interessante logo se tomará uma decisão".
Não sei se é o destino ou algo que não sei explicar mas o que é certo é que apareceu-me isto http://www.empregopelomundo.com/2013/02/auxiliares-de-geriatria-mf-para-a-belgica/
Estou tentada em arriscar a minha sorte.
As condições não me desagradam nada e quanto ao perfil que pedem...além de ter a formação profissional em Geriatria ainda tenho 4 anos de experiência profissional.
Quanto à língua, não posso dizer que me desenrasco sem problemas, mas nada que um curso intensivo não resolva.
Como gosto de saber com o que contar e nem tudo é um “mar de rosas”, a grande maioria do meu tempo livre é passado no PC à procura de informações sobre o país.
A vida é um risco, eu já corri alguns e até a ver não me dei mal.
A decisão está tomada, vou concorrer, mas não vou sozinha...a minha amiga vai fazer o mesmo!
Sinto-me de mãos e pés atados e como se não bastasse o coração está apertadinho.
Imaginemos a história:
Um casal jovem (bem próximo de mim) com filhos que aparentemente se dá bem. Um dia, ele resolve com a concordância da companheira (acho eu) ir trabalhar para um país estrangeiro. Tudo corria bem e isso notava-se nas várias viagens feitas para ver a família.
Certa altura, ela diz-me que ele tinha-se apaixonado por outra mulher (oriunda desse país).
Tenho de confessar que fui apanhada desprevenida, mas ainda assim pensei "bem, pelo menos foi honesto e não fez o que muitos fazem, em que têm a esposa e uma amante".
Pelo meio ficou a desilusão dos meus pais...não foi fácil contar, ainda mais no dia de aniversário do meu velhote.
Apesar de todos o criticarem, eu não o fiz, claro que não fiquei feliz, mas não lhe podia virar as costas. Fiquei mais tranquila depois de falar com ele, pois o país onde está tem uma cultura muito rigorosa em relação às mulheres, uma cultura nada liberal e muito diferente do nosso.
Naquela altura garantiu-me que estava com a outra pessoa por amor e não por pressão ou "obrigação".
O tempo foi passando e a dor da ex. companheira começava a diminuir.
Um dia, ela diz-me que ele vem a Portugal para a vir buscar, pois tinha visto o erro que tinha cometido.
Mais uma vez fiquei surpreendida, creio que ainda mais do que quando soube da separação.
Falámos muito...quis saber se estava pronta para perdoar, se ia conseguir viver sem se lembrar da traição, se se sentia capaz de viver num país com tantas restrições, especialmente relacionadas com as mulheres, se ia conseguir viver num país onde tinha de andar com o corpo bastante coberto e sem as liberdades que estava habituada. A resposta dela foi "sim, estou preparada".
Lembro-me de lhe ter dito “Gostaria de dizer que estou feliz por ti, mas o que sinto é preocupação” (seria o sexto sentido a funcionar?).
O que ela não estava preparada, nem eu, nem ninguém da família é que passado cerca de um mês o companheiro voltasse para a outra.
Não seria trágico se ela estivesse no seu país, junto das pessoas que conhece e que a língua falada fosse entendida por ela...
Felizmente que existe Internet para não se sentir tão só e para acharmos solução para poder vir embora.
Não que não tenha mais coisas para me preocupar, mas este assunto tem estado diariamente na minha cabeça e só sossego quando ela se encontrar na sua casa.
Hoje em conversa com uma amiga falávamos de filhos, de como não é fácil ser-se pais, de como "controlar" os filhos e que quantidade de liberdade se deveria dar.
Esta conversa trouxe-me à memória duas situações: algumas discussões que tive com o meu ex. marido eram relacionadas com a "muita liberdade" que eu dava à nossa filha e um triste acontecimento relacionado com a falta de liberdade que dava à enteada.
Se antes do divórcio as nossas discussões eram diárias e muitas vezes relacionadas com a nossa filha, claro que depois do divórcio as discussões, ou melhor os nossos pontos de vista não se alteraram. Felizmente que depois do divorcio conseguíamos ter conversas cordiais e civilizadas, embora os pontos de vista fossem completamente opostos.
Sempre tive a convicção de que fazia pior não ter NENHUMA liberdade do que ter demasiado.
Quando nos divorciamos a filhota tinha cerca de 7 anos e fui-lhe dando a liberdade consoante via que a podia dar e que a merecia. Sempre tivemos muita ligação, talvez o autoritarismo do pai tenha facilitado esta forte ligação. Com cerca de 15 anos começou a pedir para sair com as amigas à noite. Na altura eu já tinha refeito a minha vida com outra pessoa e claro que conversámos sobre estas saídas. Tivemos a mesma opinião e não víamos problema em de vez em quando ela sair com as amigas, ainda mais sendo o local escolhido, o sítio que eu e o meu marido frequentávamos. Não andava "em cima “dela, mas por vezes "deitava o olho". Depois veio a fase das discotecas. Estas saídas deixavam-me mais com o coração apertadinho, mas ela estava a crescer e eu continuava a confiar nela e nunca tinha tido problemas. E uma das coisas que também me tranquilizava era o diálogo, tanto comigo como com o meu marido não havia problemas de falar fosse do que fosse. Nestas saídas umas vezes eu ia leva-la com as amigas, outras eram os outros pais. Claro que havia hora de chegar...mais coisa menos coisa.
O pai era completamente contra estas saídas e eu era uma irresponsável que não sabia dar-lhe educação e mais, chegou a dizer-me que o dever de um pai é dificultar ao máximo a vida aos filhos para que eles soubessem que a vida não era fácil.
Ora aqui a "Je" não concordava nada e dizia-lhe "Eu dou-lhe a liberdade que ela merece e quando lhe aparecerem as dificuldades da vida ela irá certamente saber lidar com elas e se não souber estarei aqui para a ajudar".
Algumas vezes, ele dava-me exemplos de como educava a enteada (cerca de 1 ano mais nova que a minha filha), achando ele que mudaria de opinião e em vez disso arrepiava-me com alguns desses exemplos.
Por vezes cá em casa comentávamos essa tal educação, rígida e exagerada e a opinião de nós os 3 era que um dia a miúda faria um disparate.
Infelizmente assim foi...saiu de casa logo a seguir a fazer 18 anos e durante várias semanas não souberam dela.
Eu muitas vezes deitava-me na minha cama e em vez de dormir pensava na miúda (sou mãe!), onde estaria, como estaria, se tinha comida, se tinha frio...
Não fiquei feliz com esta situação, até poderia pois, tanta vez lhe disse que não dar liberdade era muito pior do que dar, mas não faz parte de mim ficar feliz com as desgraças dos outros.
Gostaria de dizer que esta infeliz história serviu para melhorar a relação dele com a nossa filha, que serviu para ele ter orgulho na nossa filha e que serviu para admitir que eu até à data dei a melhor educação à nossa filha, mas infelizmente...tudo na mesma.
Ser pais não é fácil e não trás instruções, mas rigidez a mais não faz bem.
Confesso que não dou grande importância às datas "impostas", mas hoje não resisti e fiz-lhe uma surpresa.
Já há uns dias que andava a pensar nisto...no que ia fazer e como ia fazer para que ele só se apercebesse quando o chamasse para jantar.
Acreditem que não é tarefa fácil. A parte de recusar ajuda para fazer o jantar não era difícil, mas colocar a mesa sem ele dar conta era bem mais complicado.
Visto estar de férias, preparei tudo com antecedência.
A ideia era bifinhos com natas e cogumelos, legumes salteados e batatita frita (sabe sempre bem). Mas eu não queria um bife normal, queria um bife com a forma de coração. Como não tive coragem de pedir ao homem do talho teve de ser aqui a menina a dar forma à carne. Digamos que não ficou perfeito, mas o que é certo é que o maridão adivinhou.
Faltava algo doce e como não tenho muito jeito para os fazer, ou melhor a minha relação com a confecção da doçaria não é das melhores decidi que tinha que comprar já prontinho.
Encontrei o bolo perfeito, ainda mais de chocolate, como ele adora.
Depois de lhe dizer que não precisava de ajuda com o jantar sentou-se no sofá com o PC (felizmente), eu lá ia colocando a mesa muito silenciosamente, para não ser descoberta.
-Já podes vir jantar.
Adorei ver a cara de surpresa.
As palavras dele?
São segredo...
Já há uns meses me tinha inscrito na trnd ( http://www.trnd.com/pt/ ), não me recordo bem, mas creio que foi através de um outro blog que falava nisso.
Nessa altura não sabia o que era, nem para que servia, como tal lá fui eu pesquisar (abençoada Internet). Fiquei a saber que era uma comunidade de marketing que depois de fazer a minha inscrição, que diga-se sem qualquer custo ou compromissos, me dariam acesso a novos produtos.
Hoje recebi um mail a convidarem-me para fazer parte dos 1000 trnders que podem provar e dar a conhecer os novos produtos da Milka.
Provar coisas doces?
Ainda mais da Milka?
Só se fosse doida é que não aceitava.
Agora aguardo ansiosamente por ser escolhida.
Como tinha dito no último post sentia que tinha de me afastar, que tinha de tirar uns dias de férias, pois bem foi isso mesmo que aconteceu.
Cá estou eu em casa.
Se estou melhor?
Mentiria se dissesse que estava óptima, mas ainda assim sinto-me mais tranquila, mais calma e menos irritada.
Preciso de tempo para recarregar "baterias", para organizar a minha cabeça, decidir prioridades e dar importância ao que realmente vale a pena.
Normalmente quando andamos mais sensíveis damos importância a coisas que não valem a pena, coisas que nos fazem mal, que nos magoam. Ontem tive um desses momentos e por incrível que pareça nada tem a ver com o meu trabalho...infelizmente. Digo infelizmente, pois dos conflitos no trabalho já estou habituada, não que isso não magoe e magoa muito, mas quando essa magoa vem da família, sangue do nosso sangue...dói, dói muito.
Hoje foi um novo dia, novo animo e nova garra.
Esta mensagem "então onde está a guerreira que eu conheci .....líder e realista ....onde tudo se resolvia a falar e com um sorriso nos lábios ....", vinda de uma amiga de curso fez-me "arrebitar".
Hoje sou tudo menos boa companhia, felizmente que vou trabalha entretanto. Digo felizmente porque as noites normalmente são mais calmas, tanto em trabalho como em ver pessoas.
Estas minhas "fases" acontecem algumas vezes durante o ano e normalmente quando me perguntam o que tenho a minha reposta é "nada, apenas cansaço".
Sei o motivo, sei o que o resolvia, mas falar não ia adiantar nada...
Deixar de dormir, andar sem paciência, achar que não sirvo para esta profissão e pensar apenas no trabalho (ainda que involuntariamente) é o sinal que tenho de tirar uns dias...sei que devo afastar-me.
Confesso que não especialista em política, embora esteja a tenta e goste de saber o que se passa neste país e pelo mundo fora, mas fiquei sem entender o porquê destas alterações http://www.aeiou.pt/quiosque/pedro-passos-coelho-relativiza-mudancas-no-governo-num-processo-por-concluir
Não me refiro à mudança dos respectivos secretários de Estado( não me aquece nem arrefece), refiro-me à criação de mais um secretário de Estado.
Então a grande maioria dos portugueses andam com a corda no pescoço para pagar as dívidas deste país e os nossos governantes em vez de cortarem ainda aumentam as despesas?
Bem, às tantas sou eu que estou a ver as coisas mal e afinal até é mesmo necessário esta criação...