Tínhamos pensado passar o primeiro fim-de-semana de Dezembro em Peniche, ora vai dai aqui a menina pegou no pack "A vida é bela" e escolheu um dos hotéis da zona.
Telefonema feito, pergunto se é possível reservar um quarto de casal para a data pretendida.
Nesta altura não mencionei que era através do vaucher.
A resposta foi afirmativa, mas quando digo que é através do pack da" vida "é bela" a resposta do outro lado não foi a que queria ouvir..."ah, desculpe mas não podemos aceita."
-Não podem aceitar? Não estou aperceber...tenho aqui indicação que o vosso hotel aderiu a esta parceria, a senhora diz que tem quartos e agora não aceita?
-Infelizmente e peço imensa desculpa, mas desde a semana passada não estamos a aceitar porque não nos pagam.
-Oh minha senhora isso é um problema que terão de resolver com a tal empresa, mas a senhora tem o dever de reservar o quarto, visto que existem disponíveis.
Até aquela altura não tinha ouvido nenhuma notícia sobre a tal empresa, a sua situação financeira e muito menos que não estavam a aceitar reservas através deles.
Apesar de aborrecida tinha de compreender o outro lado.
Seguiu-se um telefonema para a empresa "A vida é bela". Infelizmente sem sucesso...desligado.
Depois quis fazer uma reclamação no site deles e sem sucesso...segundo a mensagem "O seu voucher não está num estado que permita a inserção do pedido".
Ora dá-nos duas opções, uma para informação, outra para pedido de reembolso.
Tanto num caso como noutro pede para se colocar o número de activação, mas como o posso fazer se ao colocar esse número o vaucher perde a validade?
Também já me desloquei ao local onde a pessoa o comprou, mas sem talão de compra nada feito.
Tanto lixo que guardo e o "raio" do tal Talão de compra (que a pessoa me entregou) foi para o lixo!
Mas também se eu não pretendia trocar o presente para que o ia guardar.
Agora só me resta enviar reclamação com carta registada e aviso de recepção. Duvido é que a sede ainda exista.
Não vou deixar de ir passar o fim-de-semana a Peniche, mas claro que seria uma estadia mais económica.
Certamente foi mais um negócio para encher os bolsos a algum “crânio" e os "cromos" que os compraram ficaram a "arder", mas contribuíram para deixar o "crânio" feliz.
Aqui o estaminé faz um anito, amanhã.
Tantos "disparates"escritos e outros tantos que não tive coragem de escrever, dias em que a inspiração foi de folga e outros em que até há coisas engraçadas para contar.
Gosto de ter seguidores, gosto quando comentam, gosto de ter visitas mesmo quando não comentam...gosto deste mundo da blogosfera!
obrigado a todos que por aqui passam.
A minha relação com os dentistas é de puro pânico e claro que evito ao máximo visitá-los, apesar de saber que o tenho de fazer.
Uma das primeiras visitas que fiz, tinha uns 13 anos. O dentista, se é que era dentista exercia a sua profissão na aldeia. Creio que nessa altura todos os que o visitavam saiam de lá sem dentes, quer dizer sem o dente que doía. A mim foi o que aconteceu e foi uma experiência traumatizante.
Felizmente que os dentinhos, aqui da menina até têm sido bastante saudáveis.
Há uns anos voltei a ter de fazer uma visita ( felizmente não a esse) porque acordei com a cara inchada. Por mais que quisesse escapar, não havia escapatória possível.
Era o dente do siso a fazer das dele. Teve de ser extraído...ainda me dói só de reviver a cena. Ok, não doeu, mas foi como se tivesse doido.
Ele ainda me tentou convencer a extrair o outro (felizmente só tinha dois e não os 4 que normalmente nascem), mas este só vai sair apenas quando me doer o que quer dizer que até pode ser que nunca seja necessário extrair.
Depois disto ainda voltei mais duas vezes, uma para fazer uma limpeza (coisa que odiei) e tratar um dente.
Os anos passaram até que comecei a ter uma dor num dos dentes quando comia, ainda que ligeira.
Um dia acordei e decidi que tinha de ir tratar dele. Não queria ter de lavar mais uma prótese dentária, ainda que provavelmente fosse daqui a muitos anos. Já me chega lavar umas dezenas diariamente, dos velhotes.
Marcada a consulta, rapidamente chegou o dia.
Como era a primeira vez que lá ia expliquei-lhe que tinha pânico de dentistas, de agulhas na boca, de brocas, de levar anestesia, de não levar anestesia e de que eu gostaria mesmo era levar uma anestesia geral (pelo menos a agulha não era espetada na gengiva) e só acordar quando estivesse tratado.
Tentou tranquilizar-me, mas...eu ainda equacionei varias vezes levantar-me da cadeira.
Tinha chegado a altura...esfregou a gengiva com algodão e passado uns segundos "pumba" uma picada. Bem, aquilo não era uma picada, aquilo foi como me tivessem esquartejado a boca.
Eu tremia, as lágrimas corriam, os olhos arregalados de pânico e ela a tranquilizar-me e a perguntar-me se eu estava bem.
Se eu estava bem?
A mulher só podia estar maluca...eu só não fugia, porque com a tremedeira em que eu me encontrava nem tinha força nas pernas para andar. Ainda conseguia imaginar a minha cara toda “borrada" de rímel.
Entre aguentar aquela tortura e ir para a rua naquele estado eu optei por ficar.
Uma mulher tem de manter o "nível"!
Depois daqueles horas minutos aterradores tenho de confessar que afinal ela fez um bom trabalho.
Dia 7 lá vou eu novamente...se o filme vai ser o mesmo?
Ah, pois vais. Se assim não fosse que piada tinha?
Na altura em que a médica me levou para outra sala e me mandou deitar na maca arrependi-me logo de não me ter esquecido do tal sinal.
Não me doía, mas quando a roupa passava nele causava-me alguma impressão...era um daqueles sinais que tem um bocado de carne pendurada. Apesar de ser muito pequeno ainda assim chateava.
Desde sempre fui muito piegas e tudo o que era cortar, pontos, sangue e agulhas dava para eu desmaiar, apenas mudei quando fui trabalhar para a Instituição. O facto de ver ulceras de pressão, pessoas a serem entubadas, dar insulina acabou por fazer com que já não me fizesse impressão. Agora quando a coisa é em mim, já é outra historia...daquelas historias que acabam sempre em lágrimas. Esta não foi excepção.
As minhas perguntas à médica foram: "vai doer?", "a anestesia é com agulha?" "vai demorar muito tempo?"
-Não vai doer e como é tão pequeno nem vale a pena levar anestesia.
Nessa altura já estava também uma enfermeira que ao ver a minha ansiedade me tentou descontrair, mas nada do que dizia fazia o efeito que queria, eu apenas imaginava não só o grau da dor como a forma que aquilo iria ser retirado.
Quando oiço falar em pinça o meu coração saltou ainda com mais força e a minha imaginação começou logo a fazer um filme, neste caso de terror, claro.
Confesso que ainda me passou pela cabeça saltar dali.
-Oh Doutora tem a certeza que não vai doer?
-Não, não vai, apenas agarro o sinal e "pumba".
Aquele "pumba" foi demonstrado como se de um puxão se tratasse.
Naquela altura já estava ela ao meu lado com um aparelho parecido a uma corda com um laço para a apanhar os cavalos.
-Pare, pare Doutora...ai, ai...estou a sentir-me mal...espere...
-Não tenha medo, vai ver que não custa.
As lágrimas corriam, o coração umas vezes batia feito doido e outras acho que já nem o sentia.
Entre a choradeira e o pedido para parar, o sinal foi à vida.
Se eu senti?
Ai, senti sim...uma picadita e um cheiro a carne queimada.
Felizmente a medica e a enfermeira eram uns anjos com muita paciência. "Tadita" de mim se fosse o médico que me consultou, inicialmente!
O próximo post será sobre o "filme" que foi a minha ida ao dentista.