Depois da viagem, que contei no post anterior achei que no
dia seguinte estaríamos a dormir até tarde.
Qual quê?
Acordamos à mesma hora, o que quer dizer que às 8 horas já estávamos
a tomar o pequeno almoço.
Depois de um mergulho no mar...perdão... da minha parte não
se pode considerar um mergulho é mais uma molhadela(a menina andou de lancha,
mas continua com medo do mar, ainda que não tenha ondas), fomos fazer uma
caminhada.
Já tinha dito ao maridão que tínhamos de ir ver as barracas
com o artesanato, mas se há coisa que ele não gosta de fazer é andar a pé, mas
também se há coisa que eu sei fazer é "dar-lhe a volta".
Não ficavam perto, mas caminhar à beira mar e mandar umas
mergulhos molhadelas até chegar lá tornava a coisa muito mais fácil.
O que não foi fácil foi arranjar paciência para "aturar
“os vendedores. Especialmente para pessoas como nós que gostamos de gostamos de
entrar numa loja barraca e estar a ver as coisas à vontade sem ser pressionada.
Ali...é impossível.
De inicio chega a ter graça, mas passar em frente a uma
barraca e o vendedor agarra na nossa mão elevarem-nos para dentro do
"estaminé" não é agradável.
Não posso dizer que tenham sido mal-educados, mas é uma
tortura constante. Ainda mais quando praticamente todas as barracas têm o mesmo
artigo.
De qualquer forma não deixou de ser engraçado, especialmente
quando conhecemos o vendedor João.
O dialogo entre nós e
ele foi feito em "portunhol" o
que quer dizer português misturado com espanhol.
Depois de termos passado por 3 "torturas" nas
barracas anteriores e estarmos a pensar voltar para trás aparece outro vendedor
a insistir para ir ver a barraca dele. Pergunta-nos de onde somos e o que se
passou a seguir é que não estávamos nada à espera.
-Portugal? Batatas com "bacalau" e Emanuel...
-Emanuel?
-Se elas querem um abraço ou um beijinho nós pimba, nós
pimba.
Desatamos a rir!
-Tu conheces o Emanuel?
-Si, si,"conhoço". Ele queria gravar um CD
comigo...não ter "dinero" para me pagar...3 "milhones" de dólares.
Só por aquela risota tinha valido a pena ir até lá.
Claro que não me deixou sair de lá sem comprar alguma coisa.
Vi uns brincos para a minha filha e perguntei o preço.
-40 dólares...
-40? (fiz o sinal que estava maluco)
-Quanto dás?
Andamos ali para trás e para a frente com valores e nenhum de
nós aceitava, até que acabei por dizer que ia embora.
-Ok, 10 dólares e dou-te um "regalito".
Ainda pensei " um regalito? Ainda me vais pedir
dinheiro por ele".
Apesar de sair de lá com uns brincos lindos por 10 dólares e
uma pulseira de oferta tenho a certeza que mesmo assim ainda fui enganada.
Provavelmente conseguia tirar aquilo por 5 dólares.