Em conversa com algumas colegas falávamos do namoros dos filhos, quando soube que uma das filhas de uma colega já não namorava. Não que isso tenha algum mal ou que seja algo de extraordinário, mas soube de algo que me deixou a pensar.
Ora a jovem(maior de idade, mas muito jovem) namorava com um rapaz com deficiência motora e a certa altura comprou um carro em nome do namorado, certamente para ir buscar alguns benefícios.
Segundo a minha colega, a filha ia pagando ao namorado e agora que o namoro acabou ia continuar a fazer a mesma coisa, já que ele não estava interessado em ficar com o carro.
Ora a minha cabecita começou logo a pensar...e se a jovem fica sem emprego e não consegue pagar o carro?
Claro que vai sobrar para o ex. e ele terá de continuar a pagar o carro.
E se o ex. começar a namorar com outra e pensem em casar ou viverem juntos?
Provavelmente este acto irreflectido irá trazer algumas zangas.
E se ele pensar em comprar um carro para ele?
Será que consegue, visto já ter, supostamente um empréstimo para o outro carro?
Claro que eu não estou imune a que algo do genero aconteça com a minha filha, mas uma coisa é certa jamais a iria apoiar numa tomada de decisão destas.
Este caso fez-me lembrar de um outro, quando trabalhei numa imobiliária.
Um casal comprou uma casa através de um empréstimo em nome do filho. Naquela altura era fácil contornar as situações(não é de admirar que este país tenha chegado ao ponto que chegou) e o banco aprovava créditos a pessoas mesmo que ganhassem pouco, desde que tivessem fiadores. Neste caso, os pais do jovem eram os fiadores, logo de uma maneira ou de outra teria de pagar.
Mas o problema ( isto na minha cabeça) é que tinham outra filha mais nova. Ora imaginemos um trágico cenário: os pais morriam e quem iria herdar a casa era o filho mais velho. já que estava em nome dele, logo a irmã iria ser prejudicada.
Outro cenario: O jovem casa ou vai viver junto com outra pessoa e decide comprar casa.
Claro que não pode, pois já tem um empréstimo em nome dele embora seja a casa dos pais.
Sempre fui muito ponderada ao tomar certas decisões, especialmente quando se refere a empréstimos e dinheiro.
Muitas vezes em conversa coma minha filha digo-lhe " filha, o divorcio é uma coisa muito fácil de se realizar, o problema a grande maioria das vezes são as dividas contraídas com empréstimos".
Não lhe digo isto para que nunca case ou que nunca faça um emprestimo, apenas lho digo para que pense antes de se meter nas coisa.
Muitas vezes os jovens e não só, pensam que é tudo facilidades, mas o dia a dia de um adulto responsável não é nada fácil.