Não é à toa que os homens dizem que não compreendem as mulher, pois nem eu me compreendo a mim própria!
Uns dias adoro-o outros detesto-o.
Não, não estou a falar do meu marido. Felizmente continuo a ama-lo da mesma forma de quando nos conhecemos.
Pois bem, falo do meu cabelo.
Desde que o cortei curtinho, nunca mais o consegui deixar crescer. E acreditem que durante vários anos tenho tentado, mas quando ele passa as orelhas, começa o inferno e lá vou eu corta-lo.
Sempre fui "picuinhas" com ele e tem de estar impecável (para mim, claro). Normalmente uso-o despenteado na parte de trás com a ajuda de gel, mas do comprimento que está isso é impossível. O que quer dizer que quando me levanto e olho a minha "fronha" no espelho fico enervadíssima.
Todas as vezes que vou à cabeleireira digo sempre "agora é para deixar crescer". Felizmente que o narz não cresce, como o do pinoquio tal é a mentira.
Já cheguei a dizer a cabeleireira para se recusar a cortar-me o cabelo, mas até à data nem ela tem coragem de perder uma cliente(iria corta-lo a outro lado), nem eu tenho cumprido a promessa de o deixar crescer.
Durante toda a semana passada dei desculpas a mim mesma para não ir ao salão. Uns dias não podia porque o horário não permitia e outros porque estava frio e não apetecia sair de casa, mas acreditem que quando me lembrava do estado dele dava-me vontade de me enfiar num buraco.
Ontem saí ás 8 da manhã e tinha jurado a mim mesma que hoje, já que é dia de folga o cabelo não escapava do corte.
Então não é que hoje acordo com o cabelo lindo e maravilhoso?
Seria bom que ele continuasse assim, mas certamente amanhã irei acordar com ele horrível!
Oh vida difícil!