Neste Natal foram várias emoções que senti e jamais me irei
esquecer deste dia.
Depois de acabar o turno dirigi-me para casa onde encontrei
o maridão de volta dos doces.
Troquei de roupa e meti mão à massa, como quem diz mão no
coelho, pois ainda não estava temperado. Depois foi a vez de preparar o puré
para a sopa (alterei para sopa de agrião), assim no dia seguinte era só
derreter e colocar a verdura e fui fazer o doce de 3 sabores.
O marido estava de volta das sapateiras e do camarão, ali
não meto as minhas mãozinhas, já que ele é o especialista.
A única coisa que faltava era fazer as filhoses…a massa
estava feita (por ele) e agora era só fritar. Tanto ele como eu já não
lembrávamos muito bem como as nossas mães faziam. As primeiras saíram
enormes e claro estavam cruas por dento, as seguintes ficaram óptimas…a mim
calhou-me a parte melhor…envolve-las no açúcar e na canela e claro comer os
bocaditos que iam ficando no prato.
Como cá em casa o pai natal chega mais cedo (nunca
conseguimos esperar a meia noite para abrir as prendas) era hora de abrir as
prendas.
A primeira foi a filhota que ganhou um blusão (tinha sido escolhido, um roupão lindo (que adorou), uma mala (é apaixonada por malas…tem a
quem sair) e um conjunto de creme corporal e gel de banho.
Depois foi a vez do maridão que ganhou uma camisa linda
(claro, foi escolhida por mim), um cinto e a filhota ofereceu-nos um pack “A
vida é bela”. Adorámos…um fim-de-semana só para nós!
Chegou a minha vez e fui presenteada por parte do marido com
um lindo relógio, uma mala e um pijama quentinho.
Isto de abrir presente faz apertar a fome e lá fomos nós
atacar a comidinha!
Fui uma noite adorável. Há muitos anos que não estávamos juntos
apenas os 3 na consoada, já que a filhota costuma passar com o pai. Desta vez
optou por ficar connosco.
No dia seguinte às 7.30 horas estava no local de trabalho bem-disposta,
cheia de energia e pronta para trabalhar. Tinha feito a higiene ao s. J. que ia
passar o dia com a família e já estava com o Sr. M., quando ao baixar-me o meu
coração disparou. Não era a primeira vez que me acontecia, embora situação mais
grave que me levou ao hospital tenha ocorrido há cerca de 6 anos. Achei que
passaria rapidamente, coisa que por vezes sucedia. Infelimente não aconteceu.
Contarei o resto no próximo post.